Quando pensamos em medicamentos, logo imaginamos produtos terapêuticos convencionais de base sintética, ou seja, cujos princípios ativos são produzidos por meio de síntese química(1), como analgésicos, anti-inflamatórios, sedativos, entre outros.
Existe, porém, uma importante classe que também vem ganhando cada vez mais relevância devido aos resultados exitosos observados na prática clínica. São os chamados medicamentos biológicos, que possuem, como princípio ativo, moléculas complexas obtidas a partir de fluidos biológicos, tecidos de origem animal ou ainda, a partir de organismos ou células vivas que são modificadas geneticamente para sintetizar tais moléculas(2). Tais princípios ativos de medicamentos biológicos podem ser versões de proteínas naturalmente produzidas pelo corpo humano (insulina, hormônios e fatores de crescimento, dentre outras), ou ainda moléculas desenvolvidas ou aprimoradas em laboratório, visando melhor perfil terapêutico, utilizando-se sofisticadas técnicas de bioinformática, química de proteína, engenharia genética, dentre outras.
No Figura 1 a seguir, são apresentadas as principais diferenças entre os medicamentos biológicos mais complexos e os sintéticos.
SINTÉTICOS | ATRIBUTOS | BIOLÓGICOS |
---|---|---|
100 – 1.000 Da | Tamanho | 15.000 – 150.000 Da |
Simples | Estrutura | Complexa |
Síntese química | Obtenção | Uso de células de microrganismos, de mamíferos ou de vegetais |
Geralmente não imunogênico | Imunogenicidade | Capaz de causar reações imunes |
Oral, intravenosa ou subcutânea | Administração | Intravenosa ou subcutânea |
Potencial para distribuição extensa no organismo | Distribuição | Mais limitada. Confinada ao espaço vascular |
Inovador – 7 a 10 anos | Tempo de Desenvolvimento | Inovador – 10 a 20 anos Biossimilar – 7 a 8 anos |
Inovador~USD 145 – 390 milhões* Genérico~USD 1 – 5 milhões | Custo de Desenvolvimento | Inovador~USD 185 – 795 milhões* Biossimilar~USD 100 – 250 milhões |
Uma das categorias de medicamentos biológicos mais importantes da atualidade é aquela que tem como componentes ativos os anticorpos monoclonais recombinantes. Essas moléculas ligam-se com alta especificidade a determinados alvos dentro do corpo humano, base para seu mecanismo de ação, e vêm revolucionando o tratamento de doenças oncológicas, oncohematológicas e doenças crônicas como as autoimunes(5), proporcionando melhor qualidade de vida aos pacientes em todo o mundo.
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